Cientistas levam pesquisas inovadoras para a América Latina

Membros da área de Ciências Biomédicas da Pew falam sobre as vantagens do treinamento nos EUA

Latin American Fellows

Os membros da turma de 2016 da área de Ciências Biomédicas na América Latina (Pew Latin American Fellows) continuam prosperando em seus campos de pesquisa com o apoio de colegas. (Fileira inferior, da esquerda para a direita: Rodrigo Aguilar, Priscilla Olsen, José Cánovas e Daniel Rodríguez-Leal; fileira superior, da esquerda para a direita: Cecilia Silva-Valenzuela, Ileana Licona, Daiana Capdevila, Silvina del Carmen e Vinicius de Andrade-Oliviera; não aparece na foto: Guilherme de Oliveira.)

© Michelle Lauren/Pew Charitable Trusts

A Pew ajuda há mais de 25 anos cientistas latino-americanos promissores da área de Ciências Biomédicas a realizar treinamento em pós-doutorado e obter oportunidades de pesquisa nos Estados Unidos. A Pew financia durante dois anos os fellows selecionados para o programa, que são orientados por alguns dos mais notáveis pesquisadores em suas áreas de atuação, e premia com patrocínio adicional os que retornam a seu país de origem e estabelecem laboratórios de pesquisa independentes. Cerca de 70% dos participantes do programa aproveitaram esse incentivo e realizam pesquisas biomédicas básicas em temas emergentes de saúde em oito países da América Latina.

A Pew anunciará a nova turma de fellows latino-americanos em junho e, para que possam vislumbrar o tipo de experiência que vivenciarão, pedi a quatro cientistas da turma de 2016 — Daiana A. Capdevila, Ph.D.; Daniel Rodríguez-Leal, Ph.D.; Rodrigo A. Aguilar, Ph.D.; e Priscilla C. Olsen, Ph.D. — que comentassem sobre seu primeiro ano no programa.

P: O que levou você a se inscrever no programa Pew Latin American Fellows da área de Ciências Biomédicas?

Dra. Capdevila: “O programa me oferece a oportunidade de alcançar meus próprios objetivos de pesquisa e a possibilidade de receber financiamento ao voltar para o meu país de origem.”

Dr. Rodríguez-Leal: “Como cientistas, estamos sempre predispostos a ajudar às pessoas a se interessar pela ciência e por novos descobrimentos. O programa ajuda a estabelecer seu próprio laboratório em seu país natal, começar algo que causará um impacto verdadeiro e dar início a sua própria carreira no seu país.”

P: Qual foi o conselho mais importante que você recebeu de seu orientador no ano passado?

Dr. Aguilar: “O aprendizado da ciência não se dá de maneira linear. Tenha coragem o suficiente para assumir funções dentro dos laboratórios, mas também em outras indústrias e áreas nas quais pode aprender.”

Dr. Rodríguez-Leal: “Você tem tudo de que precisa para conseguir os resultados que almeja, então é importante manter o entusiasmo na busca pelos seus objetivos. É isso que nos motiva em todas as pesquisas.”

P: Por que você acha que esse programa é importante para o desenvolvimento da comunidade de Ciências Biomédicas na América Latina e, em particular, no seu país natal?

Dr. Aguilar: “O programa me oferece oportunidades de aprender e estabelecer relações com pessoas de fora do meu país e que estão no meu campo de pesquisa. Todos os fellows compartilham semelhantes objetivos para o futuro, que manter nossa comunidade e encontrar oportunidades de trabalhar juntos nos levará a atingir muitas metas.” 

Dra. Olsen: “O programa significa muito mais do que os financiamentos individuais que recebemos. Somos uma comunidade. O programa desenvolve uma comunidade científica que podemos trazer de volta à América Latina e com a qual podemos continuar colaborando no futuro.”

P: O que você esperava mostrar aos pesquisadores nos Estados Unidos com a sua participação no programa?

Dr. Aguilar: “A América Latina pode oferecer um novo mercado para a pesquisa biomédica. Podemos proporcionar uma nova visão para complementar as pesquisas biomédicas realizadas no estrangeiro. Os cientistas latino-americanos alcançaram objetivos muitos importantes no campo de pesquisas biomédicas e continuarão a fazê-lo.”

Dr. Rodríguez-Leal: “Enquanto aprendemos novas habilidades e ganhamos experiência para crescermos como cientistas, nossos colegas também estão adquirindo novas estratégias e enfoques que podem ser usados em suas próprias pesquisas. A ciência é isso: aprofundar as descobertas feitas por outros cientistas.”

P: De que maneira o programa ajudou você a se aproximar de sua pesquisa pessoal e objetivos de carreira?

Dra. Capdevila: “O financiamento que receberei ao voltar para a Argentina para abrir meu próprio laboratório será fundamental para os meus objetivos pessoais. Poderá ser mais difícil continuar com minhas pesquisas na América Latina sem alguns dos recursos que tenho disponíveis aqui. No entanto, os trabalhos em ciência e pesquisa que gostaria de realizar estão intrinsecamente ligados ao lugar de onde venho.”

Dra. Olsen: “Acho que o fato de poder aprender muito aqui com tecnologias que posso levar de volta para o meu país me aproxima ainda mais dos meus objetivos de carreira. Algo que leva uma semana de pesquisa nos Estados Unidos pode demorar muito mais no Brasil, por isso o Pew me deu a oportunidade de aprender muito mais rápido. Não tenho dúvidas de que isso me aproximará ainda mais dos meus objetivos científicos de carreira.”

P: Que conselho você daria a outros cientistas da América Latina interessados no programa Pew Fellows?

Dra. Capdevila: “Você deve se inscrever mesmo se estiver inseguro sobre o resultado. O processo de inscrição no Pew foi extremamente gratificante para mim porque me ajudou a refinar meus interesses de pesquisa e, no fim das contas, independentemente do resultado, é um ponto de partida excelente para desenvolver sua pesquisa.”

Dra. Olsen: “Não estaria aqui se não fosse pelas pessoas que me incentivaram dizendo que tudo daria certo. A persistência é peça chave na ciência, especialmente na América Latina.”

Kara Coleman dirige os programas de Ciências Biomédicas da Pew Charitable Trusts, inclusive os programas Biomedical Scholars, Pew-Stewart Scholars for Cancer Research e Latin American Fellows.

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